Esqueça o IPO, a nova moda das startups agora é o ICO
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19, jul 2017
Esqueça o IPO, a nova moda das startups agora é o ICO
ICO (initial coin offer) é , sigla em inglês para oferta inicial de moedas. Nos EUA, no mês de junho, houve mais dinheiro fluindo para startups por ICOs do que por rodadas iniciais de investimento (o “capital anjo” e o “capital semente”- angel fund e seed money).
De acordo com a Revista Exame, a primeira dessas moedas foi o Bitcoin, que existe acoplada a uma ideia revolucionária chamada Blockchain (ou cadeia de blocos). Por não ter necessidade de um poder central verificador dos negócios realizados na internet cuja validade é dada quando se decifra o código, o blockchain é visto como uma enorme promessa de facilitação de contratos. Já há investimentos bilionários – principalmente de bancos e empresas de tecnologia – para desenvolver plataformas de blockchain confiáveis.
Os primeiros ICOs surgiram justamente entre as empresas que tentam desenvolver sistemas de blockchain. O mais famoso deles foi feito em 2014, pela Ethereum, uma plataforma de blockchain com sua própria moeda. A empresa arrecadou 18 milhões de dólares, um investimento muito bem-sucedido: os contratos que usam a Ethereum se disseminaram e as moedas têm hoje um valor de mercado de 35 bilhões de dólares.
Segundo o Wall Street Journal, o mercado de ICOs ultrapassou a marca de 1 bilhão de dólares com as recentes ofertas de cripto-moedas de EOS (uma nova plataforma de blockchain), Bancor (uma plataforma para gestão de moedas virtuais) e Tezos (uma outra plataforma de blockchain, concorrente da Ethereum).
Não nos olvidemos, no entanto, que essa nova modalidade de captar investimentos para viabilizar o crescimento da companhia parece uma mistura entre crowdfunding, investimento anjo, lançamento de títulos ou ações e… um esquema de pirâmide.